Sophie Delacroix

Sophie é uma elfa com longos cabelos lisos, volumosos e ruivos que ondulam na altura das costas e escondem suas orelhas pontiagudas. Sua pele alva permanece escondida sob suas vestes, especialmente o colo que nunca fica à mostra devido à safira que foi inserida no local. Possui um par de olhos violeta que brilham intensamente com o contato com a luz. É uma mulher muito alta, bela, esbelta e elegante, não transparecendo o fato de ser uma guerreira nata. Seu corpo atlético e chamativo, geralmente ficando enublado pelas armaduras que carrega consigo. Porta uma coroa dourada que impede o cabelo de atrapalhar durante os combates e auxilia a esconder as orelhas, vestes que mesclam o vermelho da sua vila original ao dourado do divino e estampado em seu rosto, a tranquilidade de alguém que vê a todos como seus estimados filhos. Uma palavra poderia resumi-la: Radiante.

Sophie é o epítomo de uma mãe. Carinhosa, cuidadosa e justa. Estima aqueles que conseguem conquistar a sua confiança, e um espaço em seu coração, tanto quanto a própria vida. Calma, tranquila, diligente e incansável - segue os seus desígnios pesando suas ações conforme as diretrizes que foram arraigadas em seu corpo durante a infância. Não tem apreço pelas necessidades mundanas ou interesse em qualquer outra coisa senão peregrinar pelas vastas terras em auxílio daqueles que necessitam. Coloca-se em segundo plano e procura evitar batalhas a todo custo, entretanto, suas ações são condizentes com seu caráter. Esforçando-se ao máximo para subjugar o mal, sem piedade. Muitas vezes acaba seguindo 'os fins justificam os meios' quando isso não envolve ferir ou trazer algum mal à pessoas inocentes.

Sophie nasceu em uma família élfica que tradicionalmente produzia formidáveis sacerdotes que protegiam o templo escondido nas ruínas em Du Weldenvarden. Sua educação por toda a infância foi voltada para aprender o sacerdócio. Contrário ao que era comum, acabou destacando-se ao utilizar uma espada e um escudo. E ainda muitíssimo jovem, ergueu-se para a posição de templária e protetora da lágrima de Ellennor - uma das Deusas Élficas. Tinha pouco menos de dois séculos de vida quando o templo foi atacado por uma seita obscura. Devido sua posição, foi obrigada a permanecer junto com o sacerdote chefe e da joia que deveria proteger, enquanto seus companheiros eram massacrados do lado de fora. Vendo que a situação já estava definida, Sophie serviu de receptáculo para a joia. Sua energia vital, fundida à da pedra, seguiriam inseparáveis por toda a eternidade e caso afastados, culminaria na morte imediata de ambos. O desfecho foi o esperado, o sacerdote foi morto e a jovem elfa, depois de muita luta, acabou sucumbindo à exaustão e capturada.
Não faz ideia de quantas vezes ocorreu, pois a cada vez que retornava ao cristal, suas memórias eram apagadas. Podia contar apenas os dezenas de milhares de riscos e mensagens que estavam cravados na parede - todos feitos por a mão e carregavam sua caligrafia. Acordava, nua, suspensa dentro de um cristal no centro de um salão enorme. Vestia-se com o que era deixado logo ao lado, ia até as paredes para mais uma marcação e uma porta se abria, pela qual tentava fugir através de um labirinto infinito, para então voltar ao cristal. Após cem anos repetindo esse ciclo, uma coisa estava diferente. O ambiente estava em um tom avermelhado, o chão tremia e pedaços do teto estavam despedaçando. Mesmo não guardando memória nenhuma de ter estado ali antes, fugiu pela sua vida e com muitas paredes do labirinto quebradas, foi capaz de fugir. Passou os primeiros anos fugindo incessantemente de perseguições implacáveis, mantendo sua vida no limite da subsistência. Até que finalmente conseguiu despistar a sua perseguidora e permaneceu peregrinando pelas terras, aprendendo a tratar dos necessitados e combatendo as forças do mal que impunham medo nos corações dos inocentes. Certa que sua causa era justa, ignorando ter perdido um século de sua vida, seguia seu caminho.